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A teologia liberal e seus perigos para a fé cristã


A teologia liberal é um dos principais males que afetaram a igreja moderna, nos últimos anos ao lado da teologia da prosperidade que tratarei em outro artigo. Esse movimento teológico, que surgiu no século XIX e ganhou força no século XX, é caracterizado pela sua motivação na razão humana, na autonomia do pensamento e na rejeição de muitos dos dogmas e verdades fundamentais da fé cristã. Para esses autores, a teologia liberal é uma ameaça à ortodoxia e à vitalidade da igreja.

A teologia liberal desvaloriza a Bíblia como fonte autoritativa de doutrina e prática. Para os reformados, a Bíblia é a Palavra de Deus escrita, infalível e inerrante, e deve ser o ponto de partida e referência para todas as reflexões teológicas. Para Bavinck (2001), um dos maiores teólogos reformados do século XX, a Bíblia é a única fonte de autoridade, e qualquer teologia que não a tomo como ponto de partida e referência está fadada ao fracasso.

Outra crítica importante é que a teologia liberal tende a reduzir o evangelho a uma mensagem meramente ética, que enfatiza a bondade e o amor de Deus em detrimento de outras verdades fundamentais, como o pecado, a justiça divina, a expiação e a necessidade de salvação. Para Machen (1997), um dos líderes reformados que lutaram contra o avanço da teologia liberal no início do século XX, o evangelho é uma mensagem de salvação, que inclui a verdade sobre o pecado e a necessidade de justiça divina.

Vejamos, a teologia liberal tende a enfatizar a imanência de Deus em detrimento de sua transcendência. Para muitos autores reformados, como Packer (2011), a transcendência de Deus é uma verdade fundamental da fé cristã, que deve ser preservada e enfatizada. A ênfase excessiva na imanência pode levar a uma visão demasiadamente antropocêntrica da fé, que desvaloriza a soberania e a santidade de Deus. Sendo assim, a teologia liberal tende a ser otimista em relação à natureza humana, minimizando a sua corrupção e pecaminosidade. Para Kuyper (2010), outro grande teólogo reformado do século XX, a doutrina da depravação total é uma verdade fundamental da fé cristã, que deve ser enfatizada em toda a reflexão teológica. A minimização do pecado humano pode levar a uma visão demasiadamente positiva do homem, que desvaloriza a necessidade da graça divina.

Podemos concluir que, a teologia liberal tem sido criticada corretamente por muitos autores reformados por desvalorizar a Bíblia como fonte autoritativa, reduzir o evangelho a uma mensagem meramente ética, enfatizar a imanência de Deus em detrimento da sua transcendência e minimizar a corrupção e pecaminosidade humana. Essas críticas apontam para a necessidade de uma reflexão teológica que preserve a ortodoxia e a vitalidade da igreja. Vale um alerta para a importância de uma teologia fiel às Escrituras e atentam às verdades fundamentais da fé cristã. Uma teologia que preserva a autoridade da Bíblia como fonte de autoridade, o evangelho como mensagem de salvação, a transcendência e autoridade de Deus, e a corrupção e pecaminosidade humana. É importante que a igreja moderna esteja consciente dessas questões e procure desenvolver uma reflexão teológica que preserve a ortodoxia e a vitalidade da fé cristã.


Referências Bibliográficas:


Bavinck, H. (2001). : Prolegômenos. Grand Rapids: Baker Academic.

Kuyper, A. (2010). A Obra do Espírito Santo. Eugene: Wipf e Stock Publishers.

Machen, JG (1997). Cristianismo e Liberalismo. Grand Rapids: Eerdmans Publishing.

Packer, JI (2011). Conhecendo a Deus. Downers Grove: InterVarsity Press.

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